Abstract
O presente artigo problematiza a questão da separabilidade entre sujeito e objeto de conhecimento a partir da relação íntima que as pessoas manifestam acerca nas próprias investigações. Para isso, utilizamos como guia a pergunta “de qual cor eram os olhos da minha mãe?” no conto de Conceição Evaristo (2018) Olhos d’Água, articulando com as reflexões de Oyěwùmí (2016) sobre a generificação da linguagem e a manutenção colonial de uma organização social. Nesse sentido, propomos que toda a construção da linguagem fornece ao leitor uma noção de ancestralidade com o retorno às lembranças, e a figura mãe simbolizada como fundamento da busca sobre a natureza do conhecimento.
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