Abstract
Este texto apresenta histórias, narrativas e formas de vida construídas em Campos dos Goytacazes, cidade localizada no interior do Estado do Rio de Janeiro (norte fluminense). Tendo a questão da diversidade sexual e de gênero como eixo de análise, apresento e problematizo os mecanismos, as estratégias e possibilidades (ou os limites) de negociações forjadas por sujeitos nomeados como lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). Considerando as mobilizações organizadas em Campos nas últimas décadas, apresento “saberes localizados” forjados a partir das diversas formas de mobilização de pessoas autodenominadas como LGBT. Interesso-me, sobremaneira, por privilegiar as formas de resistência, as estratégias de criação de modos de vida e possibilidades de agência em contextos considerados hostis e inabitáveis. Dialogando com as proposições dos estudos de gênero e sexualidade e em interface com os movimentos sociais, focalizo, por meio de entrevistas e análise de jornais impressos, histórias vividas em uma “cidade interiorana” entre os anos de 1970 e 2017.
Highlights
This text presents stories, narratives and ways of life built in Campos dos Goytacazes, city located in the interior of the state of Rio de Janeiro (Northern Fluminense)
As pequenas e médias cidades obtiveram pouca visibilidade e atenção como contexto de análise nos estudos já consolidados na área
Essas experiências devem ser pensadas, analisadas e registradas não na perspectiva de uma história das diferenças que sirva à naturalização da infâmia (FOUCAULT, 2003), mas, sim, como a possibilidade de compreensão de suas históricas possibilidades de construção
Summary
RESUMO: Este texto apresenta histórias, narrativas e formas de vida construídas em Campos dos Goytacazes, cidade localizada no interior do Estado do Rio de Janeiro (norte fluminense). Tendo a questão da diversidade sexual e de gênero como eixo de análise, apresento e problematizo os mecanismos, as estratégias e possibilidades (ou os limites) de negociações forjadas por sujeitos nomeados como lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). Interesso-me, sobremaneira, por privilegiar as formas de resistência, as estratégias de criação de modos de vida e possibilidades de agência em contextos considerados hostis e inabitáveis. Dialogando com as proposições dos estudos de gênero e sexualidade e em interface com os movimentos sociais, focalizo, por meio de entrevistas e análise de jornais impressos, histórias vividas em uma “cidade interiorana” entre os anos de 1970 e 2017.
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