Abstract

Este artigo disserta sobre alguns pontos presentes no texto Das Unheimliche (1919), de Sigmund Freud. A partir de uma meta-análise filosófica, procura-se explicitar as intenções não aparentes de Freud com sua análise do termo Unheimliche. Determinadas particularidades da abordagem freudiana são observadas desvendando relações estéticas na construção de sentido do espírito próprio da psicanálise. Uma eventual aproximação dialética com a Teoria Crítica ajudará a identificar, nesse jogo de relações, a importância de conteúdos marginalizados pela história do conhecimento que são revitalizados por Freud.

Highlights

  • This article discusses some elements present in the text Das Unheimliche (1919), by Sigmund Freud

  • Certain particularities of the Freudian approach are observed with unveiling aesthetic relationships in the construction of meaning in the spirit of psychoanalysis

  • An eventual dialectical approach to Critical Theory will help to identify, in this set of relations, the importance of contents marginalized by the history of knowledge that are revitalized by Freud

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Summary

Uma vaga sensação

A psicanálise, de modo muito discreto, arquiteta um outro movimento na história do conhecimento. Por sua vez, ao tentar resgatar as origens que explicariam a inquietação tem de lidar com certas imprecisões, pois a inquietação como experiência humana se manifesta, muitas vezes, na condição de vaga sensação.[11] Ele não descarta o poder mágico, mas lida de modo contido com esse poder, pois a psicanálise nada tem de retórica e não pode ter, pois lida de forma medicinal com a palavra. A respeito das pistas desse impasse de Freud, ao longo deste artigo esse quadro paradoxal ficará como pano de fundo para contextualizar certas abordagens, na medida em que por vezes Freud parece não se desvencilhar completamente da tradição cientificista. O esforço aqui é no sentido de entender contextos, pois como observado por Souza: “Lendo sua prosa [de Freud], vê-se que os sentidos emergem naturalmente dos contextos”[16]. O exemplo mais notório de metalinguagem, no conjunto dos textos de Freud, está no ensaio “O inquietante” (“Das Unheimliche”), de 1919, que parte de uma discussão filológica do termo alemão e sua complexa afinidade com heimlich (originalmente antônimo, derivado de Heim, “lar”, home, em inglês, mas atualmente significando “secreto, oculto”).[17]

A abordagem estética e suas hesitações
A filosofia e seus inquietantes
14. Tradução

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