Abstract

Os impasses que caracterizam o contemporâneo podem ser relacionados com a perda do sentido de utopia, marca da modernidade, e afetam o regime estético da arte e da mídia, e levam também a rever o conceito de autonomia, outra potência da modernidade. Motivado pelas teorizações de Jacques Rancière, este ensaio procura testar a rentabilidade de conceitos por ele trabalhados, para pôr em questão as relações entre estética e política, mídia e (pós)utopia, que são dramatizados, por exemplo, nos filmes As invasões bárbaras (2003), do canadense Denys Arcand, e A grande beleza (2013), do italiano Paolo Sorrentino.

Highlights

  • Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação

  • contemporary may be related with the loss of sense

  • this paper tries to test the profitability of concepts

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Summary

Ana Paula Daudt de Lima Brandão

Ao retratar 33 artistas ao redor do mundo, da abertura de uma retrospectiva de Jeff Koons, em Londres, a uma conversa com a mulher de Ai Weiwei, em Pequim, quando o artista estava preso, passando por Beatriz Milhazes, no Rio de Janeiro, a crítica busca descrever o papel de um artista visual na sociedade contemporânea, dominada www.e-compos.org.br | E-ISSN 1808-2599 |. Não fica fora, portanto, a dimensão mercadológica, ampliada, porém, com a ideia de quanto vale um artista ou uma obra para enquadrar também o que ela considera a moeda mais valiosa da indústria da arte, ou seja, a credibilidade. O regime estético, no qual a identificação da arte “não se faz mais por uma distinção no interior das maneiras de fazer, mas pela distinção de um modo de ser sensível próprio aos produtos da arte”. É destruída pelos vanguardistas, mas totalmente a modernidade como uma noção equívoca que gostaria de produzir um corte na configuração complexa do regime estético das artes, reter as formas de ruptura, os gestos iconoclastas etc., separando-os do contexto que os autoriza: a reprodução generalizada, a interpretação, a história, o museu, o patrimônio. O desencanto pós-utópico em um tempo heterogêneo que busca a afirmação das diferenças faz projetar a nostalgia (também no sentido etimológico de a dor da perda), que leva à exclamação “nós que amávamos tanto a revolução”

Este slogan é o título do documentário de Daniel
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