Abstract

The present article results from an attempt to approach and reflect on some concepts of the thought of Levinas, Butler and Barthes for a political view of images, especially those that expose faces and bodies victimized by violence. To do so, we focus on an ethical perspective of portraiture, considering the political power that revisits the suffering of the victims of the Brazilian civil-military dictatorship may spur us on. The documentary film Retratos de identificacao provides us with two mugshots of the faces of Chael Charles Schreier and Maria Auxiliadora Lara Barcelos, the Dora, two young victims of that exceptional regime. In electing these two photographic records, we exposed them to the reflection developed by the said philosophers, so that we could understand the political and ethical dimensions of the images of these two violated but inescapable faces.

Highlights

  • The documentary film Retratos de identificação provides us with two mugshots of the faces of Chael Charles Schreier and Maria Auxiliadora Lara Barcelos, the de Maria Auxiliadora Lara Barcelos (Dora), two young victims of that exceptional regime. In electing these two photographic records, we exposed them to the reflection developed by the said philosophers, so that we could understand the political and ethical dimensions of the images of these two violated but inescapable faces

  • Que estas duas imagens – em sua capacidade de migrar entre as temporalidades, em sobreviver apesar de tudo – incessantemente clamem pela “impaciência absoluta de um desejo de memória” (Derrida, 1994: 9), ali onde memória e luto convergem simultaneamente pelo reconhecimento histórico das vidas humanas assassinadas – como se ambos os gestos se apropriassem pelo tecido que eles mesmos dilaceram um sobre o outro –, já que a “impossibilidade do luto responde a impossibilidade do nascimento verdadeiro, pois somente o reconhecimento da morte permite a plenitude da vida” (Gagnebin, 2000: 110)

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Summary

Introduction

A foto do rosto de Chael, esta coisa já torturada, já humilhada, já despedaçada em sua própria vida, atravessa o tempo (o ano de sua confecção pelos perpetradores da violência militar é o de 1969) para poder pousar diante de nosso olhar, isto é, para exigir de nós mesmos um novo olhar, para nos fazer perceber a nova e inadvertida legibilidade histórica que ele porta a partir da montagem que Anita Leandro exerce em Retratos de identificação: “falar da legibilidade das imagens não é somente dizer, de fato, que estas reclamam uma descrição (Beschreibung), uma construção discursiva (Beschriftung), uma restituição de sentido (Bedeutung)”, mas que a montagem é capaz, escreve Georges Didi-Huberman, de conferir às imagens mesmas “sua legibilidade inadvertida” (Didi-Huberman, 2014: 17).

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