Abstract

Em texto introdutório ao catálogo da exposição Iconoclash: Beyond the Image Wars in Science, Religion, and Art, curada por Bruno Latour e Peter Weibel, realizada no Centro de Arte e Mídia Karlsruhe (ZKM), Alemanha, em 2002, Latour cunha o termo iconoclash para pensar a ambiguidade de gestos iconoclastas, que não só produziriam um efeito imediato de destruição, mas também de produção de novas imagens, no campo da religião, da ciência e das artes. À luz dessa nova interpretação, o artigo retoma algumas das análises no campo das artes produzidas por autores que colaboraram para o catálogo da exposição, nas quais se evidencia a ambiguidade das estratégias iconoclastas. A potência produtiva de tal gesto é especialmente destacada em relação à arte moderna e contemporânea, em que inúmeras intervenções e transformações, seja no plano material das obras, seja no plano conceitual ou simbólico, são observadas, colocando em questão sua capacidade de representação e mediação do real e apontando para o esgotamento de certas narrativas históricas.

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