Abstract

Neste artigo, analisamos as articulações da chamada cultura terapêutica com as práticas de consumo cultural e midiático ligadas à Nova Era. No Brasil, o movimento, também conhecido como Era de Aquários, guarda estreita ligação com o ethos da autoajuda e fornece indicativos das formas contemporâneas de relação com o sagrado, que colocam em primeiro plano o self e a busca por autorrealização.

Highlights

  • A partir de meados do século XX, percebemos a disseminação de um imaginário que coloca a emoção e a subjetividade como elementos primordiais para a compreensão de questões relativas a todos os aspectos da vida humana

  • Sua popularidade entre as camadas médias e superiores das regiões metropolitanas brasileiras ocorreu em paralelo ao florescimento do movimento conhecido como Nova Era (DUARTE, CARVALHO, 2005)

  • A Nova Era pode ser vista como um estilo de vida perfeitamente integrado a uma ideologia que privilegia a diminuição de um Estado de bem-estar (welfare state) e onde o indivíduo assume cada vez mais responsabilidade sobre si mesmo

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Summary

Introduction

A partir de meados do século XX, percebemos a disseminação de um imaginário que coloca a emoção e a subjetividade como elementos primordiais para a compreensão de questões relativas a todos os aspectos da vida humana. O conjunto de práticas ligadas à ressignificação do ideal de sagrado, nesse contexto, serviu para fortalecer e divulgar o movimento da Nova Era, que, no Brasil, estabeleceu-se sobretudo na década de 1980, quando um expressivo grupo de esoteristas começou a aparecer com frequência nos meios de comunicação, onde divulgavam práticas associadas ao movimento (D’ANDREA, 2000; CRUZ, 2010).

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