Abstract

Como narrar histórias de vidas acompanhadas na Assistência Social? Pergunta que move este ensaio que é pensado a partir da interface entre Psicologia e Assistência Social e objetiva discutir as relações entre performance de maternidade, cuidado e racismo nas políticas públicas de Assistência Social. Um ensaio que se constitui a partir do entrelaçamento de narrativas de mulheres e reflexão teórica. Para isso, vale-se de histórias de mulheres, dados sobre o genocídio da população negra – pautado por estatísticas de violência policial e estatal, que faz de mulheres-mães também vítimas: mulheres órfãs de filhas/os vivas/os. Inspiradas por Jorge Larrosa, lançamo-nos ao ensaio enquanto constituição do pensamento. Ensaiar sobre a maternidade em contexto da Assistência Social nos leva a problematizar as relações entre cuidado e violência, interseccionadas pelas relações raciais. Temas como raça, racismo, genocídio da população negra, maternidade, cuidado e Assistência Social constituem o eixo problemático deste ensaio. Utilizamo-nos do ensaio como dispositivo para refletir sobre possibilidades para a constituição de narrativas femininas na Assistência Social.

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