Abstract
O presente artigo analisa a relação entre o discurso médico-higienista, a eugenia e a consolidação de um pensamento racial no atendimento à pequena infância nos anos 1940, em Santa Catarina. Práticas médico-higiênicas são organizadas e difundidas pelo Departamento de Saúde Pública do estado por meio de campanhas em prol da formação de uma raça forte e sadia. Entre elas, o Concurso Infantil de Robustez e Beleza, que premiava as mães das crianças saudáveis e eugenicamente belas. O Concurso Infantil de Robustez e Beleza foi promovido e intensamente divulgado pela imprensa da época, em particular o jornal A Gazeta, que atuava em consonância com o projeto de educação higiênica e eugênica do governo Nereu Ramos. A pesquisa apontou para a evidência de um projeto nacional que visava à regeneração das crianças, especialmente as negras e pobres. Tomamos como fontes para o levantamento de dados os jornais A Gazeta e Republica e relatórios da Legião Brasileira de Assistência, que tratam do concurso, do Centro de Puericultura, Proteção à Infância e à Maternidade, Assistência Profilática, Cozinha Dietética e Serviço de Higiene da capital.
Highlights
Crianças belas, sadias e robustas: o futuro da raça brasileira nas políticas de proteção à infância em Santa Catarina nos idos de 1940
The present article analyzes the relationship between hygienist medical discourse, eugenics and the consolidation of a racial thought in the early childhood care in the 1940s in Santa Catarina
The Children's Robustness and Beauty Contest was promoted and intensely publicized by the press of the time, in particular by the newspaper A Gazeta that acted in consonance with the governor Nereu Ramos' hygienic and eugenic education project
Summary
Sadias e robustas: o futuro da raça brasileira nas políticas de proteção à infância em Santa Catarina nos idos de 1940.
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