Abstract
Neste texto, nossa atenção volta-se para duas noções teóricas, corpo e designação, necessárias à interpretação de dois gestos corporais. Trata-se de gestos realizados com a mão, os quais remetem à representação gráfica da letra L e/ou à representação de uma arma de fogo que funcionam discursivamente, a nosso entender, como uma tomada de posição do sujeito e (re)produzem sentidos de identificação à “x” e de antagonismo à “y”. Por isso, a questão que se coloca é: como o corpo pode constituir-se como unidade designativa? Nessa leitura, com aporte teórico na Análise Materialista de Discurso, de Michel Pêcheux, ao mobilizarmos a memória, entendemos tais gestos como gestos discursivo-corporais que produzem o efeito de designação em determinadas condições de produção.
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