Abstract

Neste breve ensaio, procuramos refletir sobre como a razão consagrou a divisão do homem em corpo e alma e sobre como essa dualidade se revelou na tradição hierárquica de estratificação do saber e do conhecimento científico, servindo para justificar dicotomias com alto e poderoso capital simbólico (teoria e prática). Mais do que refutar uma educação do corpo baseada no conhecimento disciplinar ou na ciência cartesiana, que, aparentemente, só reconhecem um ponto de vista sobre ele - como se a pessoa fosse apenas uma dimensão -, desejamos ousadamente, a partir dessa herança histórica, argumentar, embora de forma breve, que, através do movimento do corpo, ao longo dos tempos, podemos compreender o movimento da própria ciência como resultado de nossa visão sobre corpo e mundo. Nessa construção foram utilizados contributos teóricos que dissertam sobre epistemologia científica (ARDOINO, 1998), teoria da complexidade (MORIN, 2003), corpo (NIETZSCHE, 2012a, 2012b, 2013, 2014, 2015).

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