Abstract

Este artigo discute como a teoria instintiva da linguagem postulada por Pinker (2002), sob os preceitos da Biolinguística (MEADER & MUYSKENS, 1950/1962) e da Linguística Evolutiva que se embasa na Teoria Evolucionista da Seleção Natural (Darwin 1859/2003), pode contribuir para o desenvolvimento teórico-metodológico da Psicolinguística (OSGOOD & SEBEOK, 1954) quanto às suas inquirições acadêmico-científicas e como pode, outrossim, favorecer – em menor extensão ou alcance hoje, porém com maior capacidade de abrangência futuramente – na inventariação e descrição dos fenômenos psicolinguísticos subjacentes à atividade cognitiva, assim como no que concerne à explicação pormenorizada dos princípios cognitivos inerentes ao exercício da faculdade da linguagem por meio da comunicação linguística desempenhada pelos seres humanos através de sólido embasamento biológico e orgânico. Para Tanto, contemplar-se-á, inicialmente, uma análise histórica e uma caracterização de duas importantes áreas especializadas da Linguística intimamente harmonizadas com a vertente gerativista ou Linguística Ge(ne)rativa (CHOMSKY, 1955/1975, 1957): a Psicolinguística (OSGOOD & SEBEOK, 1954) e a Biolinguística (MEADER & MUYSKENS, 1950/1962) para que possa então haver, na sequência, a discussão de como a teoria instintiva da linguagem é capaz de subsidiar o desenvolvimento da seara psicolinguística. Em suma, averiguar-se-á o potencial que esses campos interdisciplinares à Psicolinguística possuem para permitir uma teoria de aquisição da linguagem e do processamento que tenha suas diretrizes e princípios definidores respaldados nos fatores os quais possibilitaram o nascimento e evolução da linguagem até hoje e nas bases biológicas que, outrora, viabilizaram e que continuam viabilizando esse processo ao longo do tempo.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call