Abstract
Although for a long time research on race in Brazil recognizes that racial categories are based on skin color distinctions along a black-white continuum, quantitative evidence on racial inequality is mostly based on the white versus non-white (brown and black) dichotomy or on the threefold categorization (white, brown and black). This way of using the variable helped to show the high levels of racial inequality. This finding, however, have always been questioned because of another aspect: the high ambiguity in racial classification and the possibility of “whitening” with money or with upward mobility. If this last feature is true, it is difficult to measure in a reliable way racial inequality. To deals directly with this dilemma I measure the “skin color continuum” combining answers to an open (respondents free choice) and to a closed (census categories) question about skin color. I implement counterfactual simulations to access the possible effects of “whitening with money” on educational, occupational and earnings attainment.
Highlights
Artigo recebido em 22/06/2016 Aprovado em 05/04/2017 dependem do tipo de classificação racial adotada
As estratégias de “embranquecimento” ou “escurecimento”1 para obter algum tipo de vantagens são certamente usadas no processo de estratificação, embora sejam relativamente limitadas
Essas análises têm dois objetivos: o primeiro é comparar a maneira tradicional de medir cor ou raça com a medida do contínuo racial que apresentei na seção anterior; a segunda é avançar de forma consequente a ideia de que a escala de raça, em vez das categorias de raça per se, é um fator significativo no processo de estratificação no Brasil
Summary
Atualmente os estudos sobre relações raciais no Brasil enfrentam um dilema importante. O problema é ainda mais sério quando a estratificação socioeconômica determina a classificação racial – por exemplo, quando ocorre “embranquecimento” das pessoas com mobilidade ascendente – porque nesses casos não é possível ter certeza sobre os mecanismos que levam a desigualdade racial. Estudo a mobilidade educacional, ocupacional e de renda usando uma nova medida do “contínuo racial” que permite verificar os possíveis efeitos da ambiguidade classificatória nos processos de estratificação. Em vez de tratar a inconsistência classificatória como um erro ou ambiguidade, o que é usual na literatura (Muniz, 2012; Silva, 1994; 1996; 2012; Telles, 2004), argumento que as respostas às duas perguntas (aberta e fechada) podem ser combinadas para construir uma medida “latente” (não observada diretamente) do contínuo racial, semelhante a um contínuo de status social.
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have