Abstract

Este artigo tem como objetivo apresentar um debate entre duas correntes teóricas opostas: o minimalismo semântico e o contextualismo semântico. Mostraremos que o cerne dessa disputa faz referência às relações estreitas que a semântica e a pragmática possuem no que tange ao tratamento do significado de uma sentença e a possível influência do contexto em sua compreensão. Para os minimalistas Cappelen & Lepore (2005), o significado de uma sentença é definido em grande parte pelos seus elementos gramaticais; nessa concepção, a referência contextual não apresenta qualquer influência em seu conteúdo semântico, salvo os indexicais. Já os contextualistas como Recanati (2010) defendem que o contexto modaliza o conteúdo semântico de uma sentença: diferentes significados podem ser atribuídos a uma mesma sentença a depender do cenário dos atos de proferimento. A discussão entre essas diferentes abordagens parece uma alusão ao quão dependente ou independente a semântica é da pragmática, se elas estão ou não em relação de interface no tratamento do significado e do contexto. Se considerarmos a concepção minimalista, a semântica e a pragmática são áreas de estudos separadas; porém, se considerarmos a concepção contextualista, essas áreas são interdependentes, ou seja, as condições de verdade de uma sentença dependem da informação contextual do ato de fala.

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