Abstract

A pandemia de COVID-19 intensificou as reações emocionais e comportamentais, tais como insônia, transtornos de ansiedade e depressão nos indivíduos. Consequentemente, a literatura aponta um aumento no consumo de medicamentos benzodiazepínicos para tratar esse cenário. Objetivou-se analisar o consumo de benzodiazepínicos em uma farmácia pública municipal, no interior do estado da Paraíba, nos anos de 2019 (sem pandemia) e 2020 (com pandemia). Trata-se de um estudo de natureza observacional retrospectivo, com abordagem quantitativa, utilizando como fonte de dados as fichas de dispensação da farmácia municipal de Picuí-PB durante os anos selecionados. A pesquisa incluiu 348 registros de usuários de medicamentos benzodiazepínicos. Para a análise estatística, aplicou-se o teste t com o objetivo de testar hipóteses e o teste de Fisher ou o teste qui-quadrado foram usados para examinar a relação entre as variáveis estudadas. Usuários do sexo feminino (60%) e residentes na zona urbana mostraram um predomínio nas dispensações. Clonazepam 2 mg (46%), seguido de diazepam 10 mg (40%) foram os mais dispensados. Na comparação entre os anos de 2019 e 2020 não se observou discrepâncias nas quantidades dispensadas, assim, não foi possível fazer uma correlação de aumento em consequência do período pandêmico (p = 0,46), no entanto, foi possível descrever o perfil das dispensações no município da pesquisa. Assim, estudos retrospectivos mais amplos são necessários para averiguar com cautela a correlação. Palavras-chave: COVID-19; Medicamentos sob prescrição; Medicamentos de controle especial.

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