Abstract
Introdução: A obesidade infantil está em crescente aumento em nosso país, estando fortemente relacionada a mudanças socioeconômicas e a transição nutricional, caracterizando hábitos alimentares inadequados e alterações no estilo de vida, sendo fatores de risco precoce para surgimento de comorbidades. Objetivo: Revisar na literatura os hábitos de consumo alimentar e estado nutricional de escolares. Metodos: Revisão integrativa de estudos científicos das bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Google Acadêmico, PubMed (NCBI) e LILACS, do período de 2015 a 2020, nos idiomas português, inglês e espanhol, preferencialmente escolhendo artigos originais. Para a busca foram usados os descritores: “estado nutricional e consumo alimentar de escolares”, “hábitos alimentares de escolares”, “estado nutricional de escolares”, “preferências alimentares”, “mudanças alimentares”, “alterações de peso corporal”, “comportamento alimentar”, “obesity”, “food consumption”, “nutritional status” e “alimentación escolar”. Resultados: Foram encontrados 134 artigos em análise inicial de títulos, em segunda análise foram selecionados 27 por meio da leitura dos resumos e após leitura completa foram excluídos os que não atenderam ao objetivo do estudo, sendo selecionados 8 artigos para condução do trabalho. Uma alimentação variada, baseada em alimentos in natura está relacionada com escolares eutróficos, em contrapartida, escolares que realizam poucas refeições ao dia e apresentam dietas ricas em alimentos industrializados possuem alterações de peso, como sobrepeso e obesidade. Nesse contexto, ocorre o acréscimo da prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares e declínio dos índices de desnutrição. Constatou-se a influência da escola e da família nas práticas alimentares, sendo as atividades de Educação Nutricional boas estratégias para melhora dos hábitos alimentares de escolares. Conclusão: A alimentação rica em alimentos industrializados apresentou correlação positiva com alterações no estado nutricional, principalmente excesso de peso em escolares, interferindo no desenvolvimento, crescimento, em alterações metabólicas, podendo ser preditores para doenças crônicas não transmissívei e consequentemente interferir na qualidade de vida.
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