Abstract
Este artigo investiga a experiência da maternidade na perspectiva fenômeno-estrutural, enfatizando o impacto das pressões sociais e o processo de tornar-se mãe. Aborda-se a influência histórica e cultural que idealiza a maternidade e os desafios emocionais e psicológicos enfrentados durante a gestação, parto e puerpério, com foco na saúde mental da mulher, frequentemente negligenciada. A fusão psíquica inicial entre mãe e bebê é discutida, destacando a necessidade de adaptação às imaturidades estruturais do recém-nascido nas dimensões de temporalidade, espacialidade, corporeidade e interpessoalidade. O conceito de "self eclipsado" é introduzido para ilustrar como as exigências da maternidade podem obscurecer a identidade da mulher. Conclui-se pela importância de uma clínica psicológica sensível a essas questões, que forneça suporte tanto à mãe quanto ao bebê, reconhecendo a mulher como um sujeito integral, para além de sua função de cuidadora.
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