Abstract

Resumo Calcado no aporte teórico da Análise de Discurso - Pêcheux e Orlandi - na sua relação com a História das Ideias Linguísticas - Auroux e Orlandi -, este artigo tem por objetivo refletir sobre a produção do gesto de autoria na primeira edição da Moderna Gramática Portuguesa (1961), de Evanildo Bechara. Para tanto, a análise se detém na compreensão dos efeitos produzidos no dizer do gramático pelo comparecimento do termo fonêmica e na depreensão do processo de distinção entre este e o que então se tinha por fonética e fonologia.

Highlights

  • A primeira edição da Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara, publicada em 1961, começou a ser escrita como uma proposta de atualização da Gramática Expositiva (1907), de Eduardo Carlos Pereira1

  • C) Como pode ser observado no quadro 1, além de uma disputa que surge em meados do século XIX entre as áreas de conhecimento a que estariam filiados os estudos fonéticos/fonológicos, bem como entre os sentidos associados aos termos Fonética e Fonologia, como vimos em Sausurre (CLG) e nos estudiosos do Círculo de Praga, observa-se, na década de 30 do século XIX, com o desenvolvimento da linguística americana, mais especificamente com os estudos bloomfieldianos, o comparecimento de um outro nome que passa a se relacionar de forma tensa com aqueles

  • Título: Consideraciones sobre el gesto de autoría en la Moderna Gramática Portuguesa (1961), de Evanildo Bechara Autores: Thaís de Araujo da Costa; Vanise Gomes de Medeiros Resumen: Basado en el aporte teórico del Análisis del Discurso – Pêcheux y Orlandi – en su relación con la Historia de las Ideas Lingüísticas – Auroux y Orlandi –, este artículo tiene por objetivo reflexionar sobre la producción del gesto de autoría na primera edición de la Moderna Gramática Portuguesa (1961), de Evanildo Bechara

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Summary

INTRODUÇÃO

A primeira edição da Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara, publicada em 1961, começou a ser escrita como uma proposta de atualização da Gramática Expositiva (1907), de Eduardo Carlos Pereira. Página385 este foi reconhecido não como uma atualização, mas como um novo livro, que posteriormente viria ser a primeira edição da Moderna gramática portuguesa (doravante MGP), e isso porque, conforme Orlandi (2002), na sua (re)formulação coloca-se em questão um outro processo de autoria, uma outra função-autor, distinta daquela em que se inscrevia Eduardo Carlos Pereira. Buscando, então, compreender como as condições de produção em que se deu a (re)formulação da primeira edição da MGP se fazem significar na sua materialidade, propomo-nos, do lugar de encontro da Análise de Discurso – Pêcheux e Orlandi – com a História das Ideias Linguísticas – Auroux e Orlandi –, a tecer algumas reflexões iniciais sobre a relação entre função-autor e forma de gramática a partir da análise da produção do efeito de distinção no dizer do gramático para o que se tinha à época por estudos fonológicos, fonéticos e fonêmicos

DE ADAPTADOR A AUTOR
A AUTORIA NOS COMPÊNDIOS GRAMATICAIS NO SÉCULO XX
O NOVO E O TRADICIONAL NO DIZER DO GRAMÁTICO
O QUE DIZ A NGB
CONSIDERAÇÕES FINAIS

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