Abstract

A categoria dinheiro tem um lugar fundamental na abordagem econômica marxiana. No entanto, há ainda pouco consenso sobre a teoria monetária de Marx, sobretudo em função das mudanças desencadeadas pelas formas monetárias mais contemporâneas. O centro das dissimilitudes diz respeito ao entendimento da natureza do dinheiro, no caso, se faz parte do seu ethos ser produto do trabalho (uma mercadoria) ou não. A forma do dinheiro e o lugar assumido pelo ouro têm, desse modo, um espaço central na teoria monetária marxista. Assim sendo, o texto objetiva: i) comparar a leitura de diversos intérpretes marxistas que trabalham com a categoria dinheiro, sobretudo como se compreende suas formas e o lugar do ouro; ii) mostrar o atual estado da arte desta teoria, no tocante a agenda sobre forma do dinheiro. Para isso, é necessário localizar as aproximações e divergências conceituais, centrando-se na formulação das formas do dinheiro e o processo pelo qual elas se originam e se desenvolvem. Algumas divergências estão expostas como: se a forma que o dinheiro assume é ou não desdobramento das funções; se há ou não uma relação econômica entre formas monetárias avançadas, como dinheiro fiduciário e dinheiro de crédito, com o dinheiro-mercadoria; se o ouro possui relevância monetária na economia contemporânea; dentre outras. Para apresentar as similitudes e dissimilitudes dos argumentos dos diversos autores, o caminho aqui percorrido não apenas apontou o que argumenta cada um deles, porém “os colocou para dialogar”. Em síntese, o texto expõe as posições que aqui se entende como as mais significativas sobre questões elementares do dinheiro, dentro do marxismo

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