Abstract

O presente artigo está inserido no campo da história social, com viés para as manifestações culturais associadas ao Congo, ao Congado e à s Congadas. Objetiva-se desse modo, problematizar questões inerentes à essa prática, sem desconsiderar nessas discussões, o processo histórico no qual estão envolvidos os sujeitos que são protagonistas desse fazer e viver sociocultural. A problemática central está em refletir sobre a permanência do racismo na cidade de Uberlândia, que perpassa pelas relações sociais, culturais e religiosas, nas relações de lazer, de trabalho e de poder. Entre as documentações de suporte ao texto, destacam-se estatutos e atas de irmandades religiosas, jornais de época e outras fontes provenientes de relatos orais. Nesse aspecto, faz-se uso de aportes teóricos que contribuem para pensar sobre representações, temporalidades, resistências e memórias A temática proposta, de igual modo, perpassa pela compreensão das noções de identidades e suas complexidades, procura estabelecer uma relação entre as táticas de vivências, como estratégias de enfrentamento ao racismo, por meio da manifestação cultural e religiosa nos tempos da festa da Congada, quando as práticas racistas surgem de maneira mais acentuada e explícita. Trata-se igualmente essa abordagem, de pensar a ancestralidade, conectada ao presente, um passado que se funde à contemporaneidade e aponta caminhos para o futuro, e, desse modo, ver essa manifestação afro-brasileira de descendência africana, como presença histórica, social e cultural na cidade de Uberlândia e em muitas regiões do Brasil.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call