Abstract

Investigar concepções, práticas e conhecimentos de promoção da saúde de acadêmicos dos cursos de Odontologia em Santa Catarina, Brasil. Métodos: Esta investigação foi um estudo descritivo com abordagem qualitativa, mediante levantamento de dados primários. A população-alvo foi constituída por discentes de cursos de odontologia do estado de Santa Catarina. A amostra foi composta por 148 acadêmicos ingressantes e 122 acadêmicos concluintes. Os dados foram coletados por meio da aplicação de uma entrevista semiestruturada. Para a análise, utilizaram-se os princípios da Análise de Conteúdo. Resultados: As concepções de promoção à saúde, evidenciadas pelos ingressantes e concluintes, foram: autocuidado/qualidade de vida (37,3% e 19,4%) desenvolvimento de aptidões pessoais (18,4% e 34,6%), políticas públicas saudáveis (3,8% e 3,5%), reforço da ação comunitária (7,4% e 7,3%), reorientação do serviço de saúde (11,3% e 12,4%) e prevenção/tratamento (21,5% e 23,7%). Como práticas de promoção em saúde, os ingressantes e concluintes citaram: desenvolvimento de aptidões pessoais (36,2% e 47,1%), prevenção e tratamento (38,4% e 35,3%), criação de ambientes saudáveis (16,5% e 4,7%), reforço da ação comunitária 6,7% e 6,7%), reorientação dos serviços de saúde (1,3% e 5,1%) e políticas públicas saudáveis (0,9% e 1,2%). Conclusão: Uma parcela dos sujeitos da pesquisa tem concepções e práticas de promoção da saúde ligadas à atuação curativopreventiva, o que representa um equívoco. Uma parcela expressiva dos entrevistados citou concepções e práticas mais coerentes com a promoção, o que pode indicar um momento de transição no qual o modelo biomédico vai sendo substituído pelo modelo da promoção à saúde.

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