Abstract
O objetivo deste trabalho foi avaliar a compartimentação do Sistema Aquífero Guarani (SAG), na Escarpa da Serra Geral no nordeste do RS. Para tanto, foram utilizadas informações de 276 poços tubulares e os traçados de lineamentos morfoestruturais em diferentes escalas, visando, com isso, promover a delimitação de compartimentos hidrogeológicos e avaliar a sua influência nas características do aquífero. Os resultados foram empregados na elaboração de um modelo hidrogeológico conceitual. Foi observado que as variações na cota do topo do SAG apresentam relações com o relevo da região. O fluxo de água subterrânea segue das regiões mais altas em direção aos limites dos compartimentos, acompanhando, em geral, o topo do SAG, com características de um aquífero livre. A capacidade específica apresentou uma grande variação entre os compartimentos, com os poços mais produtivos localizados próximo das áreas de descarga do aquífero. Com relação à hidroquímica, verificou-se pouca diferenciação entre as águas, com as variações ocorrendo principalmente por influência das características locais. Dessa forma, os resultados obtidos nesse estudo demonstram que nessa região o SAG se apresenta compartimentado, e que essa compartimentação tem influência tanto na produtividade, quanto na cota do topo do SAG e no fluxo da água subterrânea.
Highlights
As limitações impostas na utilização das águas superficiais, seja por conta da sua escassez ou contaminação, tem proporcionado nos últimos anos um aumento na utilização das águas subterrâneas, muitas vezes, sem um devido planejamento
Para o mapa de lineamentos dessa região, foram traçadas 7.935 estruturas na escala 1:250.000 (Figura 3), tendo como as direções mais frequentes as Norte-Sul e Leste-Oeste, e secundariamente para os quadrantes Noroeste e Nordeste, sendo as principais orientações N00-10W, N80-90W, N30-50W e N40-60E
Na escala 1:1.000.000, foram traçados 257 lineamentos, com direções mais frequentes as Norte-Sul, Leste-Oeste e Noroeste, e secundariamente as Nordeste
Summary
As limitações impostas na utilização das águas superficiais, seja por conta da sua escassez ou contaminação, tem proporcionado nos últimos anos um aumento na utilização das águas subterrâneas, muitas vezes, sem um devido planejamento. 130 por aquíferos fraturados que ocorrem associados às estruturas tectônicas e de resfriamento das rochas vulcânicas da Formação Serra Geral (REGINATO, 2003; MACHADO, 2005). Por essa ser uma região de transição entre o SAG confinado e a área de afloramento, é comum a existência de intercalações de áreas com e sem a presença das rochas vulcânicas sobrepondo os arenitos da Formação Botucatu, sendo esses locais sem a cobertura, segundo Santos et al (2007), mais propícios à recarga direta do aquífero. Este trabalho busca avaliar a compartimentação do SAG na região da Escarpa da Serra Geral do nordeste do RS, e sua influência nas características do aquífero, como fluxo de água subterrânea, hidroquímica, produtividade e cota do topo do SAG. A presença de lineamentos, mapeados na região em diferentes escalas por Machado (2005), Betiollo (2006) e Soares et al (2007), demonstra a importância que essas estruturas podem ter na delimitação de compartimentos, bem como na influência das características físicas e hidroquímicas
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