Abstract

O estresse é um elemento potencializado e ressignificado em esportes de aventura conforme cada sujeito reage aos riscos, desafios e incertezas do ambiente. Considerando essa temática, acompanhamos os momentos mais estressantes no voo-livre, entremeando a reação fisiológica com a fala dos sujeitos pesquisados, no limite da possibilidade de diálogo/confronto sob uma perspectiva biopsicossocial. O recorte privilegiou o esporte de risco como opção de lazer, praticado por pessoas comuns, que obtém na aventura contraponto às tensões e estresse do cotidiano. Para tanto, realizamos observações diretas durante um ano e entrevistamos quatro pilotos. Em complemento, registramos a frequência cardíaca (FC) desses sujeitos durante as diferentes etapas do voo-livre. Conforme os resultados, a FC apresentou patamares agudos e residuais elevados, que são coerentes com a história narrada por cada sujeito. Os pilotos demostraram que a percepção de risco frente à prática esportiva provoca uma tensão necessária para a produção subsequente de sensações transcendentes e prazerosas. Nesse sentido, ponderamos sobre a equação entre a segurança física e emocional na atividade e a percepção subjetiva do risco, ambas vistas como indissociáveis à aventura experimentada.

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