Abstract

O trabalho analisa os gestos metodológicos da leitura que Jacques Derrida faz da obra de Jean Genet, em Glas (1974). Destacando as repressões e resistências da crítica francesa tradicional em relação à obra de Genet, Derrida sugere que a problemática surgida com a leitura do autor esclarece impasses que são os da própria Teoria da Literatura. Como tratar de um objeto que se define por meio da "traição" à idéia de literatura, do abuso da crença na literatura? Como "dar razão" a Jean Genet, sem traí-lo e sem trair-se? Para Derrida, não se trata de submeter nem de mimetizar o literário, mas de responder a seu "acontecimento", à cena contrariante de seu descompasso com a origem. Por isso, a análise da retórica de Glas é uma contrapartida necessária para se compreender a leitura derridiana da obra de Genet e de aspectos específicos da Teoria da Literatura (relação com a mimesis, relação com o corpo).

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