Abstract

Parte-se da compreensão de que a tradição da cultura política e jurídica na América Latina é reflexo de um processo histórico de colonialidade, exploração, dependência e exclusão de múltiplos segmentos societários. Assim, realiza-se um estudo partindo dos três aspectos que possibilitaram a dominação do norte sobre os países do sul global: eurocentrismo, como matriz cultural; colonialismo, como matriz institucional; e capitalismo, como matriz econômica. Passa-se pela compreensão da formação da modernidade, com base no eurocentrismo e no processo de colonização do continente. Em seguida, analisa-se o novo padrão de poder. E, por fim, busca-se abordar a dependência econômica como produto da colonialidade. Desta forma, o objetivo do presente trabalho é compreender o que tem sido chamado de colonialidade do poder, enquanto produto da invasão ibérica do continente americano. Para tanto, utilizar-se-á, como método, o materialismo histórico e dialético para auxiliar na verificação das contradições fundamentais e secundárias na América Latina e na diferenciação das várias etapas de desenvolvimento dessas contradições e fenômenos. Referências bibliográficas serão utilizadas como instrumento de pesquisa, destacando-se os textos de Aníbal Quijano, Enrique Dussel e Walter Mignolo, com atenção àqueles relativos à colonialidade do poder.

Highlights

  • Fernando Joaquim Ferreira Maia; Mayara Helenna Veríssimo de Farias referencias bibliográficas se utilizarán como instrumento de investigación, con énfasis en los textos de Aníbal Quijano, Enrique Dussel y Walter Mignolo, con atención a los relacionados con la colonialidad del poder

  • A dominação dos países europeus ocorreu em todos os segmentos e instituições da sociedade latino-americana, consolidando-se como um poder global sistemático e hegemônico, o que implicou a construção de diversos paradigmas baseados na racionalidade europeia, ainda presentes nos países latinos

  • El laberinto de América Latina: ¿hay otras salidas?

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Summary

INTRODUÇÃO

A história da América Latina é marcada por fortes influências externas, de modo que suas formações política, econômica e social ocorreram por meio de intensas interferências estrangeiras. A América Latina como um todo, apesar das diferenças de correlações de forças e de dinâmicas sociais entre os países, passou por um processo de desenvolvimento capitalista bastante semelhante, a partir de uma estrutural relação de dependência. Foram abordadas as teorias latino-americanas sobre a colonialidade como a responsável pelo encobrimento da América Latina, e como o outro lado da formação de um padrão de poder eurocêntrico, nesse contexto, foi abordada a formação da modernidade por meio de uma relação dialética com a América Latina enquanto identidade “outra” da Europa, a criação da ideia de raça como legitimadora da dominação estrutural europeia e os arranjos da colonialidade e sua relação com a dependência do continente. Foi utilizada, primordialmente, a categoria Outro de Enrique Dussel, como fundamento para análise do processo de colonialidade e suas consequências, assim como o pensamento de Aníbal Quijano e Walter Mignolo a respeito do conceito de colonialidade do poder e de sua formação estrutural, juntamente do eurocentrismo e do capitalismo

A CRIAÇÃO DA IDENTIDADE EUROPEIA POR MEIO DO ENCOBRIMENTO DA AMÉRICA LATINA
O NOVO PADRÃO DE PODER E A NOVA INTERSUBJETIVIDADE MUNDIAL
A DEPENDÊNCIA ECONÔMICA COMO PRODUTO DA COLONIALIDADE
CONCLUSÃO
12. Título original
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