Abstract

Fun home é uma autobiografia em formato de graphic novel da quadrinista Alison Bechdel. Trata-se de uma obra na qual a autora discorre acerca do que denomina sua “jornada de autodescobrimento”. Perpassa por episódios que marcaram sua trajetória, em especial o confronto do pai com a sexualidade dele próprio, o empenho da mãe em manter as aparências e a busca da autora, enquanto adolescente lésbica, por sua identidade. Através dessa obra, é possível vislumbrar a assertiva de Stuart Hall de que a identidade é um processo sempre em construção. Fun home nos permite fazer uma digressão sobre questões que tratam de identidade, gênero, sexualidade e normatização dos papéis sociais através do processo de identificação e exclusão realizado por Bechdel, já que, a todo momento, há uma contraposição entre suas ideias e vontades pessoais e livros, personagens e papéis sociais observados em autoras feministas e sobretudo na relação do pai com sua própria sexualidade. Confirma-se, assim, a proposição de Tomaz Silva de que as diferenças estão implícitas em qualquer identificação.

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