Abstract

Brazilian cities, and especially the large metropolises, have undergone a process of territorialization, that is, legal and political fragmentation of the urban fabric with the configuration of spaces dominated by informal local authorities. Such spaces take on characteristics common to the favelas (slums) such as those of Rio de Janeiro which have historically displayed this type of ecological configuration. The central hypothesis of this article is that this process of urban territorialization has placed an important constraint on the full exercise of citizenship in low-income areas, since it turns the place of residence into a segregated space, lacking minimum conditions for exercising the most elementary civil rights.

Highlights

  • Voltarei ao conceito de “cidade escassa”, para pensar as possibilidades de formação de uma cidade fundada em uma sociabilidade livre e igualitária, baseada nos direitos e no exercício da cidadania

  • Os resultados alcançados por essas manifestações são bastante incertos, já que não parecem produzir desdobramentos capazes de redefinir a atuação da polícia, e quase sempre são tratadas com desconfiança pela mídia, que costuma atribuí-las ao interesse de traficantes, concorrendo para reforçar o estigma sobre os moradores do território

  • Uma agenda reformista passaria pela abertura de novos espaços de debate, de novos fóruns colocando em comunicação os moradores dos territórios entre si e deles com os habitantes da cidade; a favor dessa agenda política conspira a própria história de cidades que, como o Rio de Janeiro, não exauriram completamente suas fontes de solidariedade

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Summary

Marcelo Baumann Burgos

Este trabalho é uma reflexão sobre a relação entre a cidadania e a questão urbana brasileira. Formulada por Maria Alice Rezende de Carvalho (2000), a concepção de articulação entre o urbano e o político nele contida é extremamente fértil, de um lado, porque inova ao assinalar a ausência de cultura cívica como chave para se compreender a desordem urbana experimentada no cotidiano violento das grandes cidades brasileiras, e, de outro, porque confere novo sentido à crítica presente no paradigma anterior; enquanto o conceito de “controle negociado” está comprometido com uma agenda de emancipação e autonomização, o de “cidade escassa” reinstala o tema da ordem e da solidariedade, mas agora como guia para se pensar a construção de uma cidade de homens livres e iguais. Voltarei ao conceito de “cidade escassa”, para pensar as possibilidades de formação de uma cidade fundada em uma sociabilidade livre e igualitária, baseada nos direitos e no exercício da cidadania

MÍDIA E TERRITÓRIO
RELIGIÃO E TERRITÓRIO
MERCADO E TERRITÓRIO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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