Abstract

Considerando alguns episódios desde o final do século XVII e início do XVIII até as últimas décadas do XX, este ensaio procura sugerir, primeiramente, a permanente tensão que a prática historiográfica, ao constituir-se em paralelo ao mundo contemporâneo, absorveu entre a crescente especialização exigida pela profissionalização do campo no Ocidente e o papel que a disciplina adquiriu como conhecimento destinado a orientar amplos e diversificados estratos da população para a vida. Em seguida, pretende discutir o lugar que a história ocupa hoje em dia no Brasil, diante do crescimento exponencial, de um lado, dos programas de pós-graduação; e, do outro, da fragilidade da consciência histórica que o país parece ter desenvolvido. Para tanto, recorre em particular aos argumentos de Philippe Ariès, O tempo da história [1954], livro muito pouco valorizado entre nós.

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