Abstract

Este texto objetiva apresentar algumas reflexões oriundas da prática de ensino na disciplina de Filosofia no Ensino Médio, bem como a experiência docente na disciplina Seminário de Ensino de Filosofia no curso de Licenciatura em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina. Além disso, estabelece-se algumas digressões sobre aquilo que se entende ser uma falsa dicotomia: formação para pesquisa versus formação para a docência. Sendo assim, apresenta-se Montaigne e Cerletti como incentivadores de uma pedagogia da pergunta, buscando ir além de uma experiência docente voltada para a mera reprodução técnica de conteúdos. Desse modo, entende-se que é preciso superar a exigência acrítica dos conteúdos filosóficos por parte dos alunos, sendo fundamental estimulá-los à formulação de perguntas e construção de uma postura reflexiva.

Highlights

  • Um dos objetivos primordiais da disciplina, ou mesmo de Metodologia de Ensino de Filosofia, é explorar as diversas possibilidades metodológicas ao trabalhar a Filosofia no Ensino Médio, além de tentar refletir sobre aquilo que deve caracterizar uma forma de conhecimento tão peculiar num contexto tão diferente daquele vivenciado dentro da academia.

  • Muitos desses acadêmicos não percebem que optaram por uma profissão demasiado difícil: trabalhar em escolas (com todos os pormenores que envolvem a dura realidade do dia a dia escolar), ministrar conteúdos para crianças e adolescentes, de diferentes formações religiosas, diferentes princípios educacionais trazidos da própria família, em salas de aula que não raras vezes terão entre 40 e 45 alunos.

  • Só pode pesquisar bem e sobreviver fazendo essas pesquisas, o bacharel que necessita da sala de aula como requisito para sua atuação profissional, uma vez que dificilmente encontrará subsídios num país como o Brasil para atravessar a vida trabalhando exclusivamente como pesquisador em Filosofia.

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Summary

Introduction

Um dos objetivos primordiais da disciplina, ou mesmo de Metodologia de Ensino de Filosofia, é explorar as diversas possibilidades metodológicas ao trabalhar a Filosofia no Ensino Médio, além de tentar refletir sobre aquilo que deve caracterizar uma forma de conhecimento tão peculiar num contexto tão diferente daquele vivenciado dentro da academia. Muitos desses acadêmicos não percebem que optaram por uma profissão demasiado difícil: trabalhar em escolas (com todos os pormenores que envolvem a dura realidade do dia a dia escolar), ministrar conteúdos para crianças e adolescentes, de diferentes formações religiosas, diferentes princípios educacionais trazidos da própria família, em salas de aula que não raras vezes terão entre 40 e 45 alunos.

Objectives
Results
Conclusion
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