Abstract
Este artigo, a partir da base empírica do espaço colonial do Oeste baiano, faz análises à luz da Geografia Histórica, num espaço parcamente ocupado e usado pelos colonizadores ao longo dos Setecentos. Por todo o século XVIII a ocupação da região era dispersa e havia apenas uma vila elevada – São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande. Os ditos “sertões”, porém, em nada eram território vazio. Na verdade eram ocupados por grupos hostis aos interesses da empresa colonial portuguesa, ou simplesmente endogenamente desconhecidos por esta. As análises feitas em variadas escalas mostram uma complexa dinâmica territorial que produziu, ao longo do tempo histórico e diferentes temporalidades técnicas, o patrimônio material e imaterial que atualmente “representa” a região do Além-São Francisco.
Highlights
This paper, from the empiric basis in the colonial space of the baiano West, analizes, based on the Historical Geography, in the space merely occupied and used by the colonizers during the XVIII century
Especificamente, eram verdadeiros instrumentos de comunicação, posse e estratégia territorial”
Sócrares Nascimento que, além do relato, fez um cartograma que, em larga escala, reproduzimos nesta figura a partir da base cartográfica do Google Maps. v Como precisamente alertam Costa e Scarlato (2012)
Summary
Tem-se como axioma que a cartografia histórica é ferramenta fundamental para a pesquisa no campo da Geografia Histórica, indicadora de um padrão de documentos, os mapas históricos, que apresenta dados eletivos de uma determinada configuração espacial pretérita. Toda a margem esquerda do médio São Francisco, ainda que cortada por vários caminhos terrestres e fluviais ao longo do século XVIII, possuía nesse período uma ocupação políticoadministrativa absolutamente dispersa, chegando ao final dos Setecentos, conforme indicado alhures, com apenas uma vila elevada – São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande –, ao passo que na faixa litorânea da Capitania da Bahia havia 25 vilas e a cidade capital de Salvador da Baía de Todos os Santos, seis outras vilas mais adentro do território, três em áreas mineiras uma ao norte e duas ao centro da Serra do Sincorá e, junto ao Rio São Francisco, na sua margem esquerda, mais uma vila – Santo Antônio do Urubu de Cima. Destaca-se a presença de apenas uma vila erigida no século XVIII para toda a região, entretanto, observando a margem direita do rio São Francisco, esse fato já não aparece tão isolado visto que em 1720, estimulado pelas descobertas mineralógicas foi criada a vila de Santo Antônio de J. Esse fato está presente na análise acerca da origem dos municípios feitos por Viana (1893) e é visível na leitura da cartografia histórica que se fará a seguir
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