Carbono orgânico e estoque de carbono do solo em diferentes sistemas de manejo

Abstract

O presente estudo teve como objetivo avaliar os teores de carbono orgânico total (COT) e os estoques de carbono (EstC) em diferentes sistemas de manejo conduzidos ao longo do tempo no município de Iguatemi (MS), Brasil. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições, sendo estudadas quatro áreas situadas em uma mesma propriedade rural, conduzidas com diferentes sistemas de manejo, sendo elas: lavoura em sistema de preparo convencional, pastagem permanente e eucalipto, além da área de mata nativa sem ação antrópica. A coleta de solos foi efetuada nas camadas de 0-5, 5-10 e 10-20 cm, com realização das seguintes análises: densidade do solo (Ds), teores de COT, com posteriores cálculos do índice de estratificação (IE), EstC e variação do estoque de carbono (ΔEstC), tendo a área de mata como referência. Posteriormente as variáveis foram agrupadas em análise multivariada. Todas as áreas manejadas apresentaram valores de Ds acima do limite crítico, superiores à área de mata, chegando a 1,73 Mg m-3. A área de mata obteve teores e estoques de carbono superiores em todas as camadas, quando comparada às áreas manejadas, sendo que estas não apresentaram potencial de acúmulo de carbono no solo, apresentando ΔEstC negativo em todas as camadas avaliadas. Todas as áreas estudadas apresentaram IE superior a 1,00, com a área de mata superior às áreas manejadas, sendo estas semelhantes entre si. A análise multivariada formou dois grupos distintos, um contendo a área de mata e outro contendo os sistemas de manejo.