Abstract
O grupo Brasiliana estreou em janeiro de 1950, no Rio de Janeiro, e teve um papel fundamental, mas pouco reconhecido, na transposição da música e do balé negros, ou afro-brasileiros, para o palco e no desenvolvimento do “balé brasileiro” e do “espetáculo folclórico”. O artigo examina a criação do grupo como Teatro Folclórico Brasileiro, destacando o papel de seus principais protagonistas, Haroldo Costa e Miécio Askanasy. Em contraste com o teatro de revista, que se utilizava do riso e da ironia para expor as questões sociais e políticas do cotidiano, a Brasiliana se propôs a encenar manifestações da cultura popular “autênticas”, sem o sarcasmo da produção revisteira. Em oposição ao balé do teatro “erudito”, colocava protagonistas negros no palco e almejava alcançar um público mais amplo. Seus espetáculos dialogavam tanto com o teatro de vanguarda quanto com o movimento folclorista e outros modernismos negros no Atlântico. No entanto, a opção por longas turnês internacionais provocou cisões e afastou o grupo de seus objetivos iniciais.
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