Abstract

Muito do conteúdo dos livros didáticos no Brasil tem relação com o período histórico vivido. Com o avanço no campo das pesquisas científicas, os livros-texto tornaram-se peças-chave na transferência/adaptação deste conhecimento para os níveis básicos da Educação, influenciando positiva ou negativamente na abordagem e apresentação dos conteúdos. O objetivo deste trabalho foi analisar comparativamente como o conteúdo de Botânica Geral de Angiospermas é abordado em três livros didáticos de Biologia do Ensino Médio (1974, 1999 e 2011). O livro de 1974 traz longos textos que contemplam uma abordagem bem elaborada, ainda assim, há uma tendência à simplificação do conteúdo. O livro de 1999 apresenta os conteúdos na forma de conceitos diretos e pontuais divididos em capítulos distintos. Nesta obra, a forma reduzida do conteúdo compromete a discussão, abrindo mão de temas que enriqueceriam o estudo. A obra de 2011 separa o conteúdo em capítulos diferentes e mantém a redução do mesmo, porém, sem perder a qualidade e clareza nas suas informações. Ao longo dos anos, a partir da melhor compreensão dos objetivos dos livros didáticos e da pesquisa científica envolvendo estes documentos, percebe-se que o livro mais atual é mais atrativo e menos denso, contribuindo para desconstruir a ideia de uma Botânica entediante e decorativa.

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