Abstract

Ao longo do presente artigo, propomos um olhar crítico sobre o poema de Claire Harris, intitulado “Black Sisyphus”, em que é recriada uma elação entre uma figura paterna negra e uma criança de seis anos, relendo as tradições culturais ocidentais por outro viés se comparadas às culturas clássicas construídas em torno dessa figura mitológica. Partimos de leituras analíticas de Lynette Hunter, Rosemary Sullivan, Smaro Kamboureli e George Elliot Clarke com o intento de olhar criticamente para os vários discursos sobre a produção poética da autora canadense-caribenha em foco. Também damos voz a autores como Spivak, Quijano, Mignolo e Lugones a fim de localizar o debate pelo viés decolonial. A experiência negra aparece aqui marcada pelos descolamentos vivenciados entre as Américas e a África, afinados com o debate decolonial, destacando a resistência construída de forma intergeracional.

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