Abstract

Resumo Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) são burocratas de nível de rua que desempenham um papel fundamental na implementação da Atenção Primária à Saúde (APS). Sua função envolve o estabelecimento de um vínculo com as famílias atendidas por este serviço de saúde, o que permite conhecer a realidade do território e as vulnerabilidades da população. Este artigo tem como objetivo analisar a configuração das interações de ACS na implementação da APS com enfoque nas alterações causadas pelas mudanças recentes nesta política e pela pandemia de Covid-19. Foi realizada uma etnografia em uma Unidade de Saúde de APS na cidade de Porto Alegre/RS. Durante quatro meses, observamos o trabalho de seis ACS, analisando suas principais atividades e as mudanças na sua rotina. Além disso, também foram realizadas seis entrevistas semiestruturadas para compor a análise. Foi possível identificar que a organização interna da Unidade de Saúde não está orientada ao trabalho comunitário e à identificação das demandas no território. ACS estão perdendo o vínculo com a população e limitando-se a funções burocráticas. Os territórios e as famílias mais vulneráveis são os mais afetados com essas mudanças, pois deixam de ter seus problemas reconhecidos pela política pública.

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