Abstract

Esse artigo tem por objetivo mostrar as formas de ocupação do espaço rural na serra da Mantiqueira no sul de Minas Gerais, especificamente na região que abrange parte da bacia do rio Verde e parte da bacia do Sapucaí. Dentro da mesorregião Sul-Sudoeste de Minas, o recorte espacial do estudo recai sobre a microrregião de Itajubá – municípios de Cristina, Delfim Moreira, Dom Viçoso, Itajubá, Maria da Fé, Piranguçu, Venceslau Brás, e na microrregião de São Lourenço, com um caso no município de Carmo de Minas. Resultado do Inventário de Conhecimento do Patrimônio Rural, realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no ano de 2007 e que tinha como objeto o levantamento das fazendas produtoras de café, o presente relato discorre, ainda sobre a paisagem natural e o ambiente rural construído paralelamente a tais fazendas. A organização espacial dos bairros, ora em núcleos adensados, ora em distribuição rarefeita no território, aqui apresentada, busca mostrar uma outra vertente do processo de apropriação do território. Nesse contexto, analisa principalmente as casas de habitação, com ênfase para a implantação no terreno e os sistemas construtivos, dando destaque à técnica de alvenaria autoportante de tijolos, de meados do século XX. Ao estudar essa paisagem e procurar conhecer os modos anteriores de uso do espaço rural, o texto aponta para o reconhecimento e valorização do patrimônio cultural, como subsídio para um planejamento e desenvolvimento sustentável e como contribuição para reforço da identidade dessas comunidades rurais, com possíveis e desejáveis desdobramentos no campo educativo e econômico.

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