Abstract
RESUMO Recentemente, o acervo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal relativo à ditadura militar foi aberto ao público. Um dossiê sobre o “badernaço” (tumulto acontecido depois da manifestação contra o Plano Cruzado II) é parte desse acervo. Trata-se da documentação da comissão de sindicância instaurada para apurar denúncias de que o “badernaço” ocorrera com conivência ou cooperação de setores do Governo, como a Secretaria de Segurança Pública ou a chamada “comunidade de informações”. Este artigo faz uma análise desse dossiê, a partir dos temas da “transição democrática” e das sobrevivências da ditadura militar (aqui entendidas, conceitualmente, nos termos do fantasmagórico, espectral).
Highlights
The archives of the Brazilian Federal District’s Department of Public Safety regarding the Military Dictatorship was open to the public
Recentemente, o acervo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal relativo ao período da ditadura militar foi aberto ao público
O consenso democrático, construído entre o fim dos anos 1970 e o começo dos anos 1980, tinha, entre suas tópicas, a ideia de que, para usar uma expressão de Denise Rollemberg, em texto que trata de tema correlato ao deste artigo, porém mais voltado para a questão da memória das esquerdas, todos resistiram contra a ditadura – todos resistimos (Rollemberg, 2006)
Summary
Ou seja: não se trata aqui de se decidir o estatuto do “badernaço” como causa de outros eventos na História da redemocratização, mas sim de pensar sobre o sentido simbólico do acontecimento que remeta ao tema dos limites e das possibilidades da redemocratização no Brasil.
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