Abstract
<p>Como uma solução alternativa de alta durabilidade para paradas e corredores de ônibus em áreas altamente urba-nizadas, quatro seções experimentais de pavimento de concreto continuamente armado (PCCA) com diferentes taxas de ar-madura foram construídas no campus da Universidade de São Paulo. As seções possuem comprimento de apenas 50 metros, curtas em relação aos PCCA tradicionais, construídos o quanto o processo de concretagem permitir. Levantamentos de fis-suras durante quatro anos indicaram que a curta extensão aliada à falta de ancoragem das seções fazem com que o padrão de fissuração seja muito diferente do PCCA tradicional; uma das seções ainda não apresentou fissuras na superfície. Para avaliar o desempenho estrutural do pavimento, dois ensaios não destrutivos foram realizados: primeiramente, testes de deflexão com falling weight deflectometer para determinar o valor da eficiência da transferência de carga entre fissuras e realizar a para-metrização elástica por meio de retroanálise das seções de modo a obter o módulo de elasticidade do concreto (E) e o módulo de reação do subleito (k); e, posteriormente, testes de carga dinâmicos para obter as tensões infligidas ao concreto por uma carga veicular conhecida. Resultados apontam um menor valor de E e k para pontos próximos a borda das seções e uma influência da frenagem nas tensões obtidas.</p>
Highlights
As a proposed long-term pavement solution for bus stops and corridors in highly urbanized areas, four experimental short continuously reinforced concrete pavement (CRCP) sections with different percentages of longitudinal steel were built in São Paulo, Brazil
O grande número de pavimentos asfálticos em corredores de ônibus que apresentaram problemas como afundamento e ondulações, relacionados às elevadas cargas dos veículos e às altas temperaturas típicas do país, fez com que houvesse a substituição desses pavimentos por pavimentos de concreto simples (PCS)
Não há ancoragem no final das seções, dando liberdade ao deslocamento longitudinal de placas de concreto, como seria no caso de construções em paradas de ônibus de corredores urbanos
Summary
O grande número de pavimentos asfálticos em corredores de ônibus que apresentaram problemas como afundamento e ondulações, relacionados às elevadas cargas dos veículos e às altas temperaturas típicas do país, fez com que houvesse a substituição desses pavimentos por pavimentos de concreto simples (PCS). Se a maioria dos defeitos do PCS está nas juntas, por que não utilizar um pavimento de concreto sem juntas?. A disparidade em relação aos PCS é a presença de uma alta taxa de armadura, posicionada pouco acima da linha neutra da placa, cuja finalidade precípua é manter as inevitáveis fissuras fortemente apertadas, de tal maneira que a sua existência seja imperceptível ao rolamento e que a transferência de carga pelo intertravamento dos agregados e pela armadura seja elevada. Dossey e Hudson (1994), analisando pavimentos executados entre 1974 e 1987, calcularam que a primeira intervenção pesada de manutenção (recapeamento) nos PCCA ocorre em média aos 17 anos de serviço, mas que para a maioria das estruturas, o overlay só foi necessário a partir dos 20 anos de vida; 2. Este artigo traz os resultados de dois testes não destrutivos com o objetivo de verificar a resposta estrutural do pavimento por meio da retroanálise de parâmetros elásticos e análise de tensões dinâmicas de forma a indicar se as diferenças no padrão de fissuração do PCCA curto implicam em seu desempenho
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