Abstract
A gestão de riscos é um dos principais fatores para a sobrevivência de qualquer empresa. Tradicionalmente, os Bancos divulgam dados acerca das exposições ao risco de crédito e de mercado, a fim de auxiliar a compreensão do seu perfil de risco. Entretanto, também estão expostos a outros tipos de riscos, tais como o risco operacional, o qual pode prejudicar, significativamente, o desempenho futuro, podendo levá-los até à falência. Logo, verifica-se a importância da divulgação dessas informações para a disciplina de mercado. Buscando proteger o sistema financeiro dos resultados negativos advindos dos riscos inerentes às suas atividades, o Comitê da Basiléia publicou o Novo Acordo de Capital, previsto para entrar em vigor no final de 2006, sendo, que nessa data, as instituições financeiras deverão obedecer a certos padrões mínimos no gerenciamento de seus riscos, entre eles o operacional. Este artigo tem por objetivo analisar a avaliação e o gerenciamento do risco operacional em uma instituição financeira nacional de grande porte, detectando instrumento de medida e análise e o estágio de desenvolvimento quanto ao gerenciamento do risco operacional. Para tanto, utilizou-se a metodologia de Estudo de Caso e as evidências foram obtidas por documentação, registros em arquivos, entrevistas e observação direta. Os resultados sugerem que o Banco pesquisado se encontra em estágio intermediário na administração dos riscos operacionais, contudo, está desenvolvendo técnicas e processos tanto para se adequar às exigências dos órgãos supervisores, quanto para a melhoria de seus resultados.
Highlights
Recebido em 20.10.04 · Aceito em 17.02.05 · 2a versão 10.03.05 * Artigo elaborado com base na Dissertação de Mestrado defendida pela autora em 29.06.04 na FEA/USP. 1 A instituição financeira pesquisada autorizou a divulgação das informações constantes neste estudo de caso
Banks provide credit and market risk exposure data to support the understanding of their risk profile. They are exposed to other kinds of risks, such as the operational risk, which can significantly impair future performance and even lead them to bankruptcy
In an attempt to protect the financial system from negative results of risks inherent to its activities, the Basel Committee published the New Capital Accord, set to go into effect at the end of 2006, when financial institutions will have to obey some minimum standards of risk management, which includes the operational risk
Summary
A instabilidade do mercado financeiro, representada pela volatilidade das taxas de juros e câmbio e pela expansão das atividades financeiras a outros países reforçaram a necessidade de desenvolvimento de mecanismos que pudessem proporcionar maior estabilidade ao mercado financeiro e, conseqüentemente, aos seus investidores, clientes e governos. A atividade de intermediação financeira, própria das operações bancárias, possui extensa lista de riscos associados, tais como: riscos de variação de taxa de juros, risco de mercado, risco de crédito, risco de operações fora do balanço, risco de câmbio, risco soberano, risco de liquidez, entre outros. Na década de 90, o sistema financeiro internacional se deparou com uma onda de desastres financeiros, colocando em foco outro risco além dos já mencionados pelo Primeiro Acordo de Capital da Basiléia: o risco operacional. É apresentada uma breve cronologia das normas e fatos que culminaram na gestão do risco operacional, versando sobre o primeiro acordo de capital da Basiléia, a regulamentação brasileira e o novo acordo de capital. As seções cinco e seis apresentam o objetivo central do artigo, ou seja, o estudo de caso e os resultados obtidos e as considerações finais
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