Abstract

Esse artigo propõe avaliar, por meio de simulação termoenergética, o desempenho térmico por meio do índice de conforto térmico adaptativo do projeto padrão de escola desenvolvido pelo Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em busca de melhor adequá-lo a diferentes contextos climáticos brasileiros. O método empregado é divido em três etapas e consiste no desenvolvimento de modelo termoenergético, diagnóstico do percentual de horas ocupadas em conforto (POC) e análise estatística para verificação da sensibilidade de variáveis de projeto sobre o POC em climas distintos. Para o desenvolvimento do modelo utilizou-se o software Designbuilder (versão 6.1.3), interface gráfica do algoritmo de cálculo Energyplus (versão 8.9.0), considerando sua implantação em seis cidades: Brasília (DF), Curitiba (PR), Cuiabá (MT), Natal (RN), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ). Adotou-se a variável temperatura neutra (Tn), em conformidade com as normas ASHRAE 55 e NBR 16401, para delimitação do intervalo de conforto para o cálculo do POC. Por último, verificou-se a influência de nove diferentes variáveis de projeto a partir da análise dos coeficientes de regressão padronizado (SRC), determinação (R²) e probabilidade (p-value). Os resultados indicaram limitações à utilização do mesmo projeto padrão sobretudo para os climas de Cuiabá e Natal, onde o POC apresentou valores inferiores a 30%. Além disso, foi possível observar que as variáveis de maior influência estão associadas à ocupação e transmitância de paredes e coberturas tornando possível identificar padrões de uso e recomendar soluções para as envoltórias mais adequadas a cada contexto climático por meio de diagrama sintético.

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