Abstract

A autolesão não suicida na adolescência é um evento frequente e está associada a tentativas subsequentes de suicídio ou ao suicídio completo, sugerindo que esse comportamento e aspectos psicológicos relacionados a ele possam estar na mesma trajetória de risco. As regras legais determinam a obrigação do médico notificar casos suspeitos ou confirmados de automutilação às autoridades de saúde. No entanto, não se trata apenas de cumprir com os requisitos legais; o médico deve estar ciente dessa possibilidade, conhecendo os mecanismos aplicados pelos adolescentes, sabendo os motivos que possam desencadear esse comportamento prejudicial e, consequentemente, adotar medidas preventivas eficazes. De maneira geral, os adolescentes relatam que a autolesão alivia o sentimento de angústia, culpa ou vergonha, sendo uma maneira de autopunição. Embora a autolesão não-suicida geralmente resulte em alívio momentâneo da angústia, frequentemente leva a consequências negativas a longo prazo. Este estudo narrativo teve como objetivo mostrar os principais tópicos relacionados a este grave e prevalente problema.

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