Abstract

Este artigo descreve e analisa uma experiência inserida no processo de formação de alunos de licenciatura. São sujeitos da pesquisa quatro licenciandos de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o professor de prática de ensino de matemática da mesma universidade, a professora e os alunos de uma turma da sétima série do ensino fundamental. Os licenciandos planejaram duas aulas de geometria e compartilharam a posição de professor com os demais professores. O compartilhamento das aulas seguiu uma proposta teórico-metodológica, coteaching, difundida na literatura acadêmica. As aulas foram filmadas e um episódio foi selecionado para análises posteriores. Em três sessões separadas, as análises incluíram todos os sujeitos participantes. Os resultados obtidos destacam a importância de aprendizagens que só ocorrem na atuação prática e sugere a utilização da metodologia de maneira mais ampla na formação de professores.

Highlights

  • Neste artigo, vamos nos limitar a um estudo sobre uma produção coletiva de conhecimento, a partir de um episódio ocorrido na disciplina prática de ensino

  • MARIA INÊS MAFRA GOULART, doutora em educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é professora da Faculdade de Educação da mesma instituição, na qual também é pesquisadora do Grupo de Estudos sobre a Condição Docente (PRODOC) e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Teoria da Atividade e Educação Matemática

  • The results show the importance of learning from practice and suggest that co-teaching is a fertile way to improve teachers’ practice

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Summary

Maria Inês Mafra Goulart

Este artigo tem como propósito refletir sobre a formação inicial de estudantes da licenciatura em matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a partir de dados coletados nas aulas de prática de ensino na Faculdade de Educação (FAE). Antes de prosseguir com a narrativa, iremos desenvolver o conceito de coteaching, baseado em Roth e Tobin (2002a, 2004), apresentando aspectos dessa abordagem para a formação inicial de professores por meio de uma dupla estratégia, ou seja, a ação conjunta entre veteranos e iniciantes e a reflexão posterior sobre o ocorrido. Argumentamos que essa maneira de abordar a formação traz novos elementos para discussão, uma vez que acreditamos que muito do que o professor aprende sobre sua profissão acontece enquanto age e um dos desafios que temos de enfrentar consiste em verificar o que se aprende nesse movimento. A experiência de estar na sala de aula e perceber diretamente o ambiente não pode ser substituída pelo discurso sobre o que ocorre ou ocorreu naquele ambiente, porque são diferentes as dimensões temporais envolvidas no discurso e na prática. Por ter pouco comprometimento com a estrutura enrijecida da escola, pode promover maiores mudanças que os veteranos

Ampliando espaços de manobra
Reta tangente à circunferência
Quando a realidade e a imaginação se confrontam
Mudanças de rumo e de perspectiva de aprendizagem
Lições que os alunos aprenderam e ensinaram
Referências bibliográficas

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