Abstract

<p>A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é uma demonstração contábil que evidencia a riqueza criada pela entidade e como essa riqueza é distribuída. Sua divulgação tornou-se obrigatória às companhias abertas no Brasil a partir de 2008. O objetivo desse trabalho é estudar como vem sendo feita a divulgação de mensurações a valor justo de ativos biológicos na DVA. Esses ativos foram escolhidos pois, desde 2010, por ocasião da adoção das Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS) no Brasil, os ativos biológicos passaram a ser avaliados a valor justo. A partir da base de dados da Fipecafi, foram selecionadas todas as empresas que em 2012 destacaram saldo de ativos biológicos em seu Balanço Patrimonial e que, ao mesmo tempo, divulgaram a DVA. A partir desse critério, foram selecionadas 54 empresas. Destas, apenas 39 adotaram o valor justo para a mensuração dos ativos biológicos. Os resultados revelam que a ampla maioria das empresas da amostra que adotou o valor justo na avaliação desses ativos não evidenciou explicitamente tais efeitos na DVA (32 casos) e as poucas empresas que o fizeram utilizaram classificações distintas. Esses resultados demonstram aos preparadores e auditores a necessidade de uma melhor apresentação dessas informações na DVA e ressaltam aos usuários a necessidade de maiores cuidados na análise e interpretação das informações divulgadas nessa demonstração. As evidências encontradas podem motivar o Comitê de Pronunciamentos Contábeis a avaliar a necessidade de revisão do CPC 09 com o objetivo de clarificar o tratamento dos ganhos e perdas a valor justo na DVA.<strong></strong></p>

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