Abstract

A Ivermectina, princípio farmacológico de um medicamento de uso veterinário possui efeito antiparasitário contra endo e ectoparasitos, é amplamente utilizada na prática veterinária. Esta droga é biotransformada no fígado, resultando em 3 metabólitos, sendo o mais importante o 24-hidroxi-metil-diidroavermectina B1. O fígado é essencial na regulação do metabolismo, na síntese de certas proteínas, servindo como local de armazenagem para certas vitaminas e ferro, degradando certos hormônios e inativando e excretando certos medicamentos e toxinas. Portanto, este trabalho teve por objetivo avaliar a morfologia dos fígados de ratas prenhes tratadas com ivermectina. Para tanto foram utilizadas 30 ratas albinas, as quais foram divididas em 3 grupos de 10 animais. Os animais foram colocados para acasalar e após a detecção da prenhez, presença de espermatozóides no esfregaço vaginal realizado na manhã do dia seguinte, sendo assim designado o primeiro dia de gestação, cada animal foi tratado com ivermectina, na dose correspondente a cada grupo durante 18 dias, com administração a cada 3 (três) dias, totalizando 6 administrações. Após esse período o fígado foi coletado, pesado em balança analítica e processado para microscopia de luz. A análise do peso relativo dos fígados das ratas prenhes e não prenhes não revelou diferença significativa entre os grupos experimentais, onde o tratamento com ivermectina nas doses de 4,0 e 8,0 mg/kg não alterou a massa relativa do fígado, nem apresentou alterações na cor, textura, consistência e hemorragias. Com relação ao estudo através da microscopia de luz, não foram observadas alterações histopatológicas.

Highlights

  • O presente estudo se refere à pesquisa laboratorial de natureza quantitativa (Pereira et al, 2018), em que foi avaliado os efeitos da ivermectina sob o fígado de ratas prenhes

  • É eficaz em doses baixas e pode ser facilmente usada por via oral, tópica e parenteral e, além disso, tem um modo de ação único, ou seja, não há problemas de resistência cruzada com outros compostos existentes (Omura, 2008; Laing, Gillan, & Devaney, 2017)

  • Foi feita anestesia dissociativa utilizando cloridrato de xilazina a 2% e cloridrato de quetamina a 10% à dose de 0,2 mL por animal, administrados também por via intramuscular

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Summary

Introdução

A ivermectina foi descoberta em 1970 e desde então é amplamente utilizada contra endo e ectoparasitas de animais. É eficaz em doses baixas e pode ser facilmente usada por via oral, tópica e parenteral e, além disso, tem um modo de ação único, ou seja, não há problemas de resistência cruzada com outros compostos existentes (Omura, 2008; Laing, Gillan, & Devaney,, 2017). A ivermectina é biotransformada no fígado, no qual os nutrientes absorvidos no trato digestivo são processados e armazenados para utilização por outros órgãos. Esta droga não é excretada facilmente, permanecendo nos tecidos hepáticos e líquidos corporais em elevadas concentrações por períodos prolongados (Rat Medication Guide, 2004), tornando sua utilização limitada para tratamentos clínicos, uma vez que a ivermectina é classificada como uma substância moderadamente tóxica. Este trabalho teve como objetivo avaliar possíveis alterações hepáticas de ratas prenhes quando expostas a diferentes doses de ivermectina

Metodologia
Resultados e Discussão
Conclusão
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