Abstract
Este trabalho apresenta uma avaliação sobre a interferência da dominação masculina no processo sucessório de pai para filha em cinco empresas familiares do setor automotivo. A metodologia abordada foi de caráter qualitativo com análise de conteúdo desenvolvida por meio de discursos transcritos de entrevistas com roteiros semiestruturados. Os resultados obtidos apontam que a dominação masculina é um ponto de interferência dentro do processo de sucessão, o qual depara em questões culturais e emocionais quando inserido ao ambiente organizacional familiar. Também foi observado que esta dominação não está somente imposta ao âmbito da alta gestão, mas também ao operacional. Estudar a dominação masculina como fator de interferência no processo de sucessão em empresas familiares do setor automotivo é relevante para a reflexão a respeito das representações sociais que a masculinidade impõe ao contexto organizacional e às possibilidades de mudança nos paradigmas enfrentados pelo gênero mulher à frente dos negócios.
Highlights
Ademais, essas empresas podem, ainda, ser consideradas conservadoras, o que pode impedir a profissionalização e a rápida adaptação a mudanças
Consequentemente, pode refletir na gestão da questão de gênero dentro desse tipo de organização
Para Jimenez (2009), a mulher inserida no processo de sucessão torna-se invisível em virtude de estereótipos que não a estimam como primeira opção para assumir o cargo
Summary
Este artigo busca compreender os aspectos da dominação masculina no processo sucessório em empresas familiares do setor automotivo. Outro ponto que chamou atenção nesse estudo foi a questão de gênero aliada à dominação masculina dentro das organizações do setor automotivo. Uma discussão importante para o meio acadêmico e social levantada por este estudo foi a possibilidade de mudança da cultura desse tipo de organização, visto que a maioria delas está pautada no patriarcalismo e possui maior rigidez quando o assunto é transformação. Este estudo apresenta uma avaliação sobre a interferência da dominação masculina no processo sucessório de pai para filha em empresas familiares do setor automotivo, identificando o perfil dos gestores dessas empresas e a percepção dos colaboradores quanto ao gênero feminino à frente dos negócios. Buscou-se discutir as oportunidades e dificuldades para a legitimação da mulher gestora, analisando, com isso, possíveis mudanças na cultural organizacional a partir do processo sucessório independentemente das questões de gênero
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