Abstract

Durante a infância a escola constitui o principal espaço social onde as habilidades e limitações individuais ficam publicamente expostas. O estigma do “déficit escolar” leva a sentimentos de fracasso, incapacidade, e a um autoconceito empobrecido. Considerando a importância dos colegas e dos educadores nesse processo de co-construção, o estudo visou indagar o papel dessas relações interpessoais em crianças com queixa escolar no contexto de um atendimento clínico. Foram analisados, qualitativamente, registros de rodas de conversa e questionários de anamnese. Os resultados evidenciaram que para as crianças resultam significativas as provocações e zoações dos pares referentes a características físicas ou da personalidade. O olhar dos educadores expressou-se em atributos e elogios sobre o desempenho acadêmico. Ambos os olhares apresentaram tonalizações de gênero. Verificou-se, ademais, a fecundidade das rodas de conversa como um dispositivo metodológico e de intervenção favorável à tomada de consciência do autoconceito e dos sentimentos atrelados à autopercepção.

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