Abstract

Analisa-se o problema das chamadas oracoes sem sujeito que afrontam a definicao classica da proposicao a qual preve a estrutura sujeito-predicado. Comentamos os pressupostos e as implicacoes da analise tradicional de Said Ali (1950) bem como a analise gerativista sobre esse tema. De acordo com este quadro teorico, uma condicao formal, a saber, a categoria T ( tense ), nucleo da sentenca, que dispoe de um traco-D ( D-feature ), por meio do qual e tratado o principio de projecao estendido (EPP), exige que a posicao do sujeito seja, invariavelmente, ocupada por um constituinte, o qual podera ser ou nao realizado fonologicamente e interpretado ou nao tematicamente (Chomsky, 1995; Shim, 2001). Entretanto, a solucao gerativista e exclusivamente formal e nao resolve o problema da ocorrencia de um constituinte funcionando como predicado, mas que nao e, nos termos de Frege, saturado, ou seja, nao predica, de fato, nenhum constituinte. Considerando que, nas oracoes sem sujeito que se referem ao tempo e que sao existenciais, esta subjacente, de forma inerente, que tais enunciados dizem respeito ao que existe ou ao tempo que faz num lugar tomado de forma generica ou num lugar especifico indeterminado, aventamos a hipotese de que, nesses enunciados, e por meio de um tipo de juizo analitico, que extrai do predicado, utilizando-se uma operacao semântica, um locativo nulo, ou nao pronunciado, que se obtem um constituinte que termina por funcionar como o sujeito dessas oracoes no sentido de sujeito logico ou psicologico como proposto por Paul (1970[1880]).

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call