Abstract

Neste trabalho objetivamos mostrar a relação entre a teoria da Metaficção em narrativas fílmicas do gênero de horror conhecido como Slasher. Sob a visão de Waugh (1984), exploramos a história e os aspectos funcionais da teoria metaficcional, e usamos Hutcheon (1984) para entender como a autorreflexividade se manifesta nestas narrativas. Já nos aspectos próprios do estudo sobre o gênero em questão, utilizamos o trabalho de Ponte (2011) e de Cherry (2009) para mostrar como essas narrativas podem estar conectadas a influência do cinema na cultura e na organização social de determinados nichos de mercado. Analisamos, ao todo, recortes de 1 filme e de 2 episódios de séries do subgênero Slasher: 1- Condado Macabro de 2015; o episódio piloto de Slasher lançado em 2016 e o episódio piloto da série derivada do filme Scream de 2015. Tendo isto em vista, discutimos as mudanças estruturais da passagem do gênero fílmico para a série televisiva, especialmente no caso da série de Wes Craven, originada de um conjunto fílmico anterior. Descobrimos que todos os objetos analisados apresentaram, de forma implícita ou explícita, uma correlação entre a Metaficção e intertextualidade, especialmente através do próprio questionamento do fazer ficção e da descrição de seus personagens, bem como da associação de símbolos como forma de comunicação.

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