Abstract

O artigo tem como foco os pixadores na cidade de São Paulo. Trata-se de jovens que percorrem as ruas da cidade deixando inscrita em muros, prédios e viadutos a sua marca. Tal prática, porém, não é vista com bons olhos pela população paulistana, que vê na pixação uma forma de degradação da paisagem urbana. Aborda também o modo particular com que estes jovens se apropriam do espaço urbano pelo estabelecimento de pontos de encontro, os seus points. Os pixadores têm uma maneira de conceber o centro e a periferia de São Paulo que dialoga com a dinâmica da metrópole. Embora se identifiquem com a periferia de onde são oriundos, eles têm o centro como importante local de atuação. A pesquisa revelou como eles estabelecem relações de troca, aliança e conflito entre si na cidade.

Highlights

  • Numa terça-feira do ano de 2003, caminhando pela Avenida Paulista próximo à Rua da Consolação, encontrei alguns pixadores conhecidos meus, Acusados, DML e Vital, que me convidaram para acompanhá-los ao seu point na Rua Vergueiro1

  • Ao encontrar com pixadores de outras regiões da cidade, distantes do seu local de moradia, eles estabelecem uma dinâmica em que combinam entre si para um acompanhar o outro em pixações nos

  • Dessa forma, pode-se afirmar que, se toda desterritorialização implica uma reterritorialização em outros termos, conforme apontam Deleuze e Guattari, os pixadores, ao percorrerem a cidade para os encontros nos 161 points, para ir às festas ou mesmo para deixar sua marca em um muro, estão em um processo constante de reterritorialização da periferia

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Summary

Introduction

Numa terça-feira do ano de 2003, caminhando pela Avenida Paulista próximo à Rua da Consolação, encontrei alguns pixadores conhecidos meus, Acusados, DML e Vital, que me convidaram para acompanhá-los ao seu point na Rua Vergueiro1. Ao encontrar com pixadores de outras regiões da cidade, distantes do seu local de moradia, eles estabelecem uma dinâmica em que combinam entre si para um acompanhar o outro em pixações nos

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