Abstract

Resumo Neste trabalho, analisamos os textos de Elide Rugai Bastos dedicados à chamada escola sociológica paulista, isto é, à produção sociológica que se organizou e se desdobrou a partir de Florestan Fernandes. Buscamos destacar as contribuições da autora para as pesquisas acerca do pensamento social no Brasil. Para tanto, mostraremos como a autora: (i) entende o processo de sistematização das ciências sociais no Brasil, bem como o papel ocupado por Freyre e por Fernandes neste processo; (ii) reconstrói as categorias analíticas presentes na produção sociológica de Fernandes e de seu grupo; e (iii) conecta esta tradição intelectual ao problema do lugar e dos efeitos das ideias na conformação da sociedade.

Highlights

  • Bastos sobre como devemos situar os trabalhos de Florestan Fernandes e de seu grupo no processo mais amplo de constituição das ciências sociais no Brasil – não tanto na afirmação da “ciência” vs. o “ensaísmo”, mas no âmbito da crítica do bloco agrário-industrial que triunfou em 1930, vale a pena destacar, rapidamente, o modo pelo qual a autora reconstrói as principais categorias e métodos de análise mobilizadas pela chamada “escola sociológica paulista”

  • A autora procurou, portanto, estender a perspectiva da “escola sociológica paulista” para além de seus limites, mostrando como ela ainda pode ser potente para pensarmos os lugares e os efeitos das ideias na conformação da sociedade brasileira, o que, de modo algum, a faz desconhecer as enormes dificuldades desta posição para as atividades de pesquisa, pois ainda precisamos avançar muito no entendimento de como as ideias efetivamente se transformam em as ideias como forças sociais: sobre uma agenda de pesquisa 566 forças sociais concretas no desenho da sociedade

Read more

Summary

Introduction

Ela está sugerindo que, se devemos localizar um ponto crucial das discordâncias da “escola sociológica paulista” frente a Gilberto Freyre, este não reside, como muitos apontam, na questão das relações raciais per se, e sim na crítica, feita por Florestan Fernandes e por seu grupo na Universidade de São Paulo, aos limites impostos pela persistência do patrimonialismo na sociedade brasileira para a realização de relações sociais baseadas em direitos.

Results
Conclusion
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call